Angela Leite de Souza - escritora e ilustradora




Comecei a ser escritora com sete anos. Mentira? Verdade! Desde que fui alfabetizada, passei a pôr no papel todas as minhas idéias e sentimentos: tristezas e alegrias, acontecimentos especiais, tudo eu ia registrando, em prosa e até em verso, com aquela letra incerta de principiante. Minha mãe guardou um desses primeiros textos. Intitulava-se Discurso e comentava a morte do "dono do Brasil"... era Getúlio.

Você deve então estar pensando: puxa, como ela já é velha! Talvez, mas só na certidão de nascimento, porque dentro de mim ainda existe a mesma menina que gostava de escrever e queria ser escritora quando crescesse. Essa menina é quem pega no lápis (quando não estou perto do computador) e vai pondo no papel idéias, lembranças, alegrias e tristezas, em prosa ou em verso, que depois se transformam em livros.

De vez em quando, a outra Angela, que se casou, teve três filhos e foi jornalista durante muitos anos, essa Angela também usa minha imaginação e cria livros para adultos. Foi com um deles, Estas Muitas Minas, de poemas, que ganhei em 1997 o maior prêmio de minha carreira, o "Casa de las Américas", do governo de Cuba. Mas posso garantir que me divirto mais escrevendo para crianças. Mesmo porque, desde que fiz Um homem cor de limão (Editora Lê, 1990), tornei-me também ilustradora - não só de livros, mas de camisetas, cartões, almofadas... - e desenhar é somente um outro jeito de inventar histórias.

Angela Leite de Souza


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