Sinopse | Poema | Prêmio | Volta

Apresentar Pedro (o menino que tinha o coração cheio de domingo) é quase tão difícil como guardar certas cores de borboleta, por exemplo a que está perto do amarelo ou depois do azul. E Pedro? Não será Pierre ou Pietro, Peter, Pether ou Petrus? E se for preciso mudar de nome para pintar borboletas? Ou fazer de qualquer dia da semana um domingo que nos encha o coração para a gente sentir-se em paz com este mundo onde está ficando tão complicado viver? De que jeito a pessoa conseguirá ver o vôo de uma borboleta? Pedro lutou muito, dormiu, sonhou, gastou tinta, apagou o trabalho feito, começou outro - e outros - até que o papel ficasse repleto de borboletas a voar.

Pedro ou Bartô? Na verdade, Bartô mais Sara. Será que a gente pode dizer que este poema é a história da criação, da maneira como o poeta faz nascer de si mesmo a thing of beauty (algo de belo), a joy for ever (alegria para toda a vida)?

O livro de Bartolomeu Campos Queirós e Sara Ávila de Oliveira está aí. As borboletas também. Certo que umas foram para terras quentes, pois gostavam de calor, outras para terras frias, pois gostavam mesmo era de neve.

E a Editora VEGA trabalhou também muito para fazer esta obra de arte, agora em suas mãos, leitor. Encha o coração de domingo. Se quiser ver borboletas, abra os olhos. Ou tenha na lembrança o vôo delas. Seja menino de novo - e sempre -para ver suas cores através de bolas de sabão. Arco-íris também serve.

O livro é seu.

Edgar da MATA-MACHADO