Sem palmeira ou sabiá
Um novo livro de Bartolomeu Campos de Queirós é sempre um motivo de comemoração. Principalmente se ele desenha uma infância revisitada pela fantasia, criando um mundo paralelo num tempo mágico que só a escrita poética possibilita narrar. Por equilibrar com delicadeza os encontros e desencontros vividos entre o antigo e o novo, o autor preserva os mistérios da palavra sem procurar decifrar seus múltiplos sentidos. Sem palmeira ou sabiá traz as brincadeiras e cantigas de roda inventadas por um menino que joga sal na água da chuva presa no quintal para construir seu próprio oceano. Essa história divide com o leitor a beleza que o autor não dá conta de guardar só para si. Denyse Cantuária |