EUGÊNIO BARBA E O TEATRO ANTROPOLÓGICO

3. TEATRO EURASIANO


Espetáculo de rua "Sardenha"
Tage Larsen, 1975
"O aprofundar da própria identidade profissional implica a superação etnocêntrica, até chegar ao descobrimento de nosso centro na tradição das tradições". Barba nos explica que buscar as nossas raízes não implica um vínculo que vai nos amarrar em algum lugar, que vai nos fechar, mas um ethos que vai nos permitir mudar de lugar: "representa a força que nos faz mudar de horizontes, precisamente porque nos mantemos enraizados a um centro".

Ele diz que esta força só acontece em duas condições:

  • a necessidade de definir para si mesmo sua própria tradição.
  • a capacidade de inscrever esta tradição em um contexto que a conecta com diversas tradições.

    Ao criar o ISTA (Escola Internacional de Antropologia), Barba busca justamente possibilitar a troca entre estas tradições, busca reunir mestres do teatro oriental e do teatro ocidental, no sentido de encontrar um substrato comum na arte do ator - "o terreno da pré-expressividade". Princípios similares que, apesar das diferentes formulações, vão resultar numa maneira de pensar e permitir o diálogo entre as pessoas de teatro vindas das mais diferentes tradições.

    Cristina Tolentino ( cristolenttino@yahoo.com.br )

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