Movimento Beat
Geração Beat

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Movimento "Beat"

geração beat

Movimento Beat completa mais de sete décadas (1950…) de existência e ainda mostra vitalidade artística e social, com lançamentos de novos livros de poesia e militância ecológica de escritores que estiveram presentes no momento fundador.

Os beats em frente à livraria City Lights, em São Francisco, em 1965. Entre eles: LAWRENCE FERLINGHETTI (com guarda-chuva), MICHAEL MCCLURE (olhando para o lado com cigarro na mão), RICHARD BRAUTIGAN (de chapéu branco), ALLEN GINSBERG (de barba, ao centro) e PETER ORLOVSKI (sentado no chão, de boina).

A vida como obra de arte

Texto: Pedro Kalil

Tradução de “On the road”, de Kerouac, em 1984, abriu as portas à literatura beat no Brasil.

A geração beat demorou quase 30 anos para chegar ao Brasil. A primeira edição de On the road, que Jack Kerouac havia publicado em setembro de 1957 nos Estados Unidos, só saiu aqui em 1984. Seu tradutor, Eduardo Bueno, hoje mais conhecido.
 
Pela autoria da série da Objetiva sobre a história do Brasil, lembra exatamente o dia: 4 de fevereiro de 1984. Editado pela Brasiliense, o livro permaneceu 22 semanas em 2º lugar da lista dos mais vendidos da revista Veja, só perdendo para O nome da rosa, de Umberto Eco.

Até chegar a vender mais de 100 mil exemplares, On the road – Pé na estrada foi recusado por uma dezena de editoras. “No verão de 1975, o li em espanhol (com o título de En el camino) pela primeira vez. A tradução era de 1959 e se alguém quisesse lê-lo em português, teria que recorrer ao lusitano, que se chamava Pela estrada afora e tinha frases como ‘Fui-me de boléia ao Orégão num carro descapotável'”, conta Bueno.

Obsecado pelo universo de Kerouac, Bueno, em 1977, decidiu refazer a viagem de Sal Paradise e Dean Moriarty. Ele cruzou os Estados Unidos como os personagens de On the road, mas foi além. Perambulou durante um ano e meio pelo mundo, saindo da Argentina, chegando à Europa, de lá ao Oriente, daí aos Estados Unidos e chegando ao Brasil depois de percorrer a América Latina. Me convenci de que a minha tarefa devocional seria traduzi-lo para o português.
 
Quando chegava nas editoras oferecendo, me diziam que o livro já era, tinha quase 30 anos e que maconheiro não lia.” Convenceu a Brasiliense a fazê-lo, assim como a chamar Antônio Bivar para fazer a revisão, já que ele tinha 21 anos e havia traduzido a obra por conta própria.
 
Pouco depois, Bueno se desentendeu com a editora. De volta a Porto Alegre, foi procurar a gaúcha L&PM (uma das que haviam recusado a bíblia beat). Contratado como editor, acabou criando a coleção Alma beat, que publicou, em 12 volumes, livros de Allen Ginsberg, Lawrence Ferlinghetti, William Burroughs, Gary Snyder. Bueno também coordenou a coletânea de ensaios – com textos de Roberto Muggiatti, Bivar, Cláudio Willer e Pepe Escobar, entre outros – que levava o nome da coleção.

Tudo isso em meados dos anos 80. “Foi uma explosão. No início, a imprensa tratou muito bem; depois os mesmos veículos passaram a tratar muito mal, dizendo que era uma sub-literatura, coisa de maconheiro. Até o Paulo Leminski falou mal dos beats, num artigo que dizia para parar de gastar papel com porcaria”, afirma Bueno.

Passada a febre, On the road foi reeditado pela Ediouro quando completou 40 anos. Bueno foi chamado para retraduzí-lo mas, envolvido com a série sobre o descobrimento do Brasil, admite tê-lo feito “nas coxas”. Somente no ano passado, pela L&PM Pocket, reviu todo o trabalho “linha por linha”, fazendo inclusive uma apresentação e um posfácio, onde conta o que passou graças a On the road.
 
Também em versão de bolso podem ser encontrados, pela mesma editora, obras como Livro dos sonhos e Os vagabundos iluminados, de Kerouac, O primeiro terço, de Neal Cassidy e Uivo, de Ginsberg. Outra edição recente é a de Junky, de Burroughts, que faz parte da coleção Intoxicações, da Ediouro.

50 anos de estrada

Texto: Pedro Kalil

Movimento Beat completa cinco décadas de existência e mostra vitalidade artística e social, com lançamentos de novos livros de poesia e militância ecológica de escritores que estiveram presentes no momento fundador.

“Ninguém esperava ver os livros publicados, vender as partituras. Fazíamos aquilo porque éramos artistas, não extensões deles.” Um dos seis poetas a se apresentar naquela noite de 7 de outubro de 1955, na Six Gallery, em São Francisco, Michel McClure não imaginava o que estava por vir. Ao lado de Allen Ginsberg, Philip Lamantia, Gary Snyder, Kenneth Rexroth e Phil Whalen, foi um dos protagonistas do início do movimento beat.

Há outras datas tão importantes para os partidários de uma geração que errou e se arriscou, mas não se rendeu à apatia. Dois anos depois daquele encontro, Jack Kerouac, que esteve presente a ele, conseguiu lançar On the road (escrito durante 20 dias de abril de 1951), a bíblia dos beatniks, que acabou se tornando maior que seu autor. Mas foi naquela noite que as 150 pessoas regadas a vinho barato chegaram a um ponto sem volta, como define McClure.

NOVA VOZ SURGIDA NA AMERICA

Por: Mariana Peixoto

Ao ouvir os versos “Eu vi os expoentes da minha geração destruídos pela loucura, morrendo de fome, histéricos, nus”, McClure soube que a partir dali não havia como retornar “Nós queríamos voz e nós queríamos visões”, escreveu ele sobre sua reação depois de ouvir, pela primeira vez, o poema Uivo, de Ginsberg. A noite que mudou a vida de muita gente que foi à Six Gallery – hoje um antiquário na boêmia Fillmore Street -, ganha diferentes pontos de vista. McClure faz o seu retrato em A nova visão – De Blake aos beats, Snyder em Re-habitar – Ensaios e poemas, livros que a Azougue Editorial acaba de colocar nas livrarias.

Os 50 anos da geração beat não vão passar em branco no País, que precisou de quase três décadas para conhecê-la. Ainda nesse semestre a editora carioca lança Etnopoesia no milênio, de Jerome Rothemberg. Também está nos planos da Azougue trazer os autores ao Brasil. McClure confirma sua intenção de vir, Snyder está impedido por causa de problemas de saúde na família.

Com todos os excessos daquela geração, os poetas, dois dos poucos remanescentes do grupo inicial – outro ainda vivo é Lawrence Ferlinghetti, dono da City Lights, misto de livraria e editora que lançou obras de todos os beats e continua sendo uma referência em São Francisco – vivem de acordo com o que pregam.

Como define McClure, “falamos o que as pessoas precisam saber”, seja o assunto vida natural, consciência, política, budismo e ciência. Ainda que reconheçam a marca da geração beat em sua obra, não parecem saudosos de um tempo que passou. Somente meus primeiros livros estiveram conectados com a geração beat. Por mais que admire a obra de Jack Kerouac e Allen Ginsberg, minha escrita é diferente”, afirma Snyder. Mesmo assim, acreditam que a história teria sido diferente não fosse a liberdade proposta por eles. “Demos a abertura necessária para as grandes experiências que vieram depois”, arremata McClure.

COM AS MARCAS DA BEATITUDE

Por: João Paulo

A literatura beat é da pesada: sexo, drogas e bebop. Mas não é só isso. Em poesia, ensaios, romances e comportamento, o movimento foi um corte na cultura norte-americana e, com o tempo, irrigou boa parte da arte literária ocidental. O nome beat traz dupla referência: de um lado remete às batidas livres do jazz e, de outro, ao misticismo oriental, em sua alegria beatífica. Beats e beats. Uma mão dada à espontaneidade artística, que foi traduzida na escrita automática, que fluía como um solo de Charlie Parker; e outra à erudição que cava raízes na filosofia, ciência e religião. A literatura pode ter começado com um uivo, nome do poema de Ginsberg, mas era um grito poderoso, resultado de uma voz rica em sofisticação literária, que se alimentava em fontes românticas e modernas. A poesia beat manteve o padrão com Ferlinghetti e Corso, com contribuições na forma, ritmo e estilo.

Na prosa de Jack Kerouac (que vai além da ingenuidade “filosófica” de Salinger) e William S. Burroughs (um experimentalista à altura de Nabokov), estabeleceu-se um padrão de comunicação único, mesmo com temas exigentes e contraculturais. No ensaísmo, em textos como os de Gary Snyder, o leitor aprendeu a incorporar fontes então inusitadas, como o apelo ao naturalismo, à ecologia e às escolas filosóficas orientais.

Os beats ficaram marcados pela proximidade com as experiências radicais, do sexo, marginalidade e drogas. Hoje a batida é outra. Burroughs, o maior deles (que começou antes e sobreviveu à moda) viveu o bastante para ganhar reconhecimento como artista genial. Se a grande questão para a crítica, no caso dos beats, sempre foi separar o comportamento da realização artística, a vida da obra, a história mostrou que onde as duas se misturam, é aí que a arte beat aparece.

Tudo se encaminhava para forçar a batida, o primeiro sentido do beat. Numa literatura espontânea, cheia de som e fúria. Hoje, o exemplo de vidas e obras cuidadosamente realizadas é uma oração de beatitude. Os beats foram radicalmente puros. Alguns continuam a sê-lo. E essa é a maior ousadia de todas, manter a capacidade de sonhar numa sociedade que amarga pesadelos refrigerados.

Entrevista: Gary Snyder

Gary Snyder

UM POEMA NO CORAÇÃO

Por: João Paulo

Aos 75 anos (ano referência: 2005), Gary Snyder, o beat budista, que inspirou Jack Kerouac a criar Japhy Rider, personagem de Os vagabundos iluminados, mora há 35 anos na mesma casa de madeira, construída por ele no alto de uma montanha em Sierra Nevada, distante 370 quilômetros de São Francisco natal.

Sem eletricidade, somente energia solar, busca levar a vida da maneira mais coerente possível. ”Eu e aqueles com quem convivo não somos pessoas que vão ao Wal-Mart. Usamos alimentos orgânicos, tentamos encontrar maneiras de só comprar coisas de empresas que não exploram os trabalhadores do Terceiro Mundo, atuamos junto aos sindicatos.”

Com 19 livros publicados – entre eles Turtle island, vencedor do Pulitzer em 1974 – prefere ver a geração beat do lado de fora. “Meus três primeiros livros foram conectados com os deles, mas minha escrita sempre foi diferente da de Jack Kerouac e Allen Ginsberg. Estamos unidos não tanto pela literatura, mas por termos florescido no mesmo ambiente.”

Jornal ESTADO DE MINAS – Nos 50 anos da geração beat, o que o senhor destaca como a maior herança para a literatura?
Gary Snyder – Os beats não inventaram, mas deram continuidade e enfatizaram a liberdade do uso da linguagem coloquial, a exploração do verso livre e a abertura para outras formas de estilo na poesia. A literatura beat retorna a seus ancestrais, como Walt Whitman. Allen Ginsberg foi profundamente influenciado por William Blake. Minha contribuição foi diferente. Fui um dos primeiros escritores da década de 50 que começou a falar sobre natureza, movimentos indígenas e meio-ambiente.

Os beats ficaram conhecidos pela tendência a criar grupos, coletivos. Há espaço para essa atitude hoje em dia?
GS – Absolutamente, isso não pára. O individualismo é um problema da cultura ocidental. As pessoas costumam pensar muito em si mesmas, sem muita preocupação com a complexidade da sociedade e da própria natureza do ser humano.

O senhor escreveu que “não haverá revolução econômica sem revolução sexual”. Essa afirmação se mantém atual?
GS – De certa maneira. Acredito que as feministas hão de concordar comigo porque o feminismo é, em parte, uma revolução econômica, pois deu às mulheres liberdade de escolha. Como dizemos nos Estados Unidos, decida sobre sua vida reprodutiva. Porque sexismo, para mim, são apenas jovens transando. Sexo é reprodução, família, a maneira como um homem e uma mulher lidam, juntos, com suas vidas. Uma revolução econômica não pode realmente acontecer sem que as mulheres tenham os mesmos direitos que os homens.
O computador afetou a linguagem da poesia escrita?
GS – Computadores são muito práticos, os tenho usado há anos. O que eles permitem aos escritores e poetas é uma conveniência para organizar as informações. Mas uma coisa sobre a poesia tem que ser lembrada: você tem que estar apto a pensar um poema. Se não tiver um poema em seu coracão, nunca terá um poema.

Como os poetas estão reagindo à globalização?
GS – A maioria dos que conhece são muito críticos em relação à globalização, especialmente àquela liderada pelos países do G-8, particularmente os Estados Unidos. E claro que reconhecemos que existem alguns argumentos válidos para a globalizacão da economia mas, em geral, todos concordamos que ela está machucando o meio-ambiente, os seres humanos, as pequenas nações e culturas.

Como o senhor analisa a política em seu pais, sobretudo no conflito no lraque e o novo fundamentalismo de Bush?
GS – Estou na Califórnia, somos uma nação em separado. Todos nós estamos pensando em uma maneira de manter os valores norte-americanos de que nos orgulhamos: a liberdade de expressão e a negação da guerra, do militarismo e do colonialismo. Temos que nos lembrar que 50% dos americanos votaram em Kerry. E realmente acho que Bush está começando a perder.

Então o senhor tem esperança?
GS – Uma esperança moderada. Porque podemos ver que as pessoas desse país não mais aprovam a guerra no Iraque, estão muito irritadas com os rumos da economia. E o fundamentalismo cristão, embora seja barulhento, representa uma pequena porcentagem, não a maior parte dos EUA.

Entrevista: Michael McClure

Michael McClure

CIÊNCIA DA IMAGINAÇÃO

Por: João Paulo

Antes de iniciar a entrevista, Michael McClure, 72 anos (ano referência: 2005), avisa que a edição brasileira de Scratching the beat surface ficou bastante superior à original, publicada em 1982 nos Estados Unidos. Ensaia a pronúncia do título em português, A nova visão. Por ser a apresentação do autor ao mercado nacional, a edição veio acrescida de cronologia, antologia de poemas e entrevista.
 
A contracapa do livro traz uma foto do autor ao lado de Bob Dylan e Allen Ginsberg, como também a seguinte frase de Dennis Hopper: “Sem a presença de McClure, o rugido que foi a década de 1960 teria sido um simples miado”. McClure diz que atualmente se sente totalmente confortável com o mundo da música. Mas nos idos dos anos 60 também fez sua voz ser ouvida. É dele, por exemplo, a autoria de Mercedes Benz, um dos grandes sucessos de Janis Joplin. Sua presença é, ainda hoje, marcante junto a outro ícone da contracultura californiana: The Doors. Confira trechos da entrevista.

Jornal ESTADO DE MINAS – O que ficou do movimento beat 50 anos depois?
Michael McClure – O que de mais importante os beats fizeram foi se enfurecer contra o muro de silêncio e censura que havia nos anos 50. Também demos abertura para as grandes experiências que vieram depois. Uma das coisas que fazemos até hoje é falar contra esse os maníacos dos Estados Unidos que vão contra a Ásia e a América Central. Os beats também promoveram o renascimento da grande poesia, aquela que está em busca de inspiração, novas experiências, imaginação. Fizemos com que a poesia tivesse uma voz, fosse um instrumento contra o medo, a ignorância e a covardia. Ginsberg, além de fazer ações sociais, foi um budista praticante. Snyder foi quem nos apresentou o budismo. É por essas razões que costumo dizer que quando um homem não admite que é um animal, ele é menos que um animal. Essas idéias ficaram como um mantra para fazer com que a arte dos dias de hoje resistisse.

A ciência, sobretudo a biologia, tem uma grande força em seu trabalho. A mesma ciência que tem ameaçado o planeta tem potencial para salvá-lo?
MM – A ciência é imaginação. E é a carência de imaginação que tem feito com que ela se torne um instrumento para cometer crimes, fazer coisas estúpidas. Pertenço ao pensamento da filosofia da natureza pregada na Alemanha no início do século XIX. E um erro pensar que poesia e ciência são coisas separadas. Poesia e ciência têm que estar juntas, mas é claro que isso requer imaginação, percepção, experiência. Meu interesse em biologia vem não somente de livros e revista científicas, mas de visitar lugares diferentes, sentir como é a vida ali. O que vemos nos jornais é um reducionismo, um retrato pobre do que a ciência está fazendo. A maioria dessas coisas é mantida financeiramente pelo governo. Então, por mais interessante que possam parecer, sempre me soam suspeitas pois provavelmente estão sendo promovidas por governos ou grandes corporações.

O senhor vive há 50 anos na Califórnia. É realmente um mundo à parte se comparado ao restante dos Estados Unidos?
MM – Posso te dizer que a parte norte da Califórnia é uma região onde estão as mentes mais profundas, de mais erudição, que têm respeito pela natureza. É realmente um mundo à parte. Não consigo acreditar que a Califórnia votou em Arnold Schwarzenegger e Ronald Reagan. Então, há surpresas por aqui. E a maioria delas vêm da parte sul do estado.

Que poetas e músicos têm interessado o senhor?
MM – Estive trabalhando com Ray Manzarek por 15 anos. O que fazíamos era essencialmente o que fizemos na Six Gallery: falar para as pessoas o que elas precisavam saber. Fizemos isso em universidade, clubes, ginásios de luta, festivais, lojas de departamento no Japão e pequenas cidades de Iowa. Na verdade, nunca paramos. O que acontece é que como o Ray voltou com os Doors, está fazendo muitos shows. Mas compus recentemente músicas para ele.

Serão gravadas pelo grupo?
MM – Essa é minha esperança e sonho. Mas ele está com problemas com o grupo, coisas que não vêm ao caso nesse momento. Além dele, também estive trabalhando com Ferry Riley (com quem lançou, no ano passado, o CD I Iíke your eyes Liberty) que tem a melhor mente musical que já conheci. Essa manhã, conversando com ele por telefone, falei: ‘Estou achando que vou ao Brasil’. Ele disse que quer ir também. Gosto da idéia porque o que fazemos é, além de muito bonito, também acessível ao público. Hoje me sinto bastante confortável para trabalhar com músicos.

O que ler, ver, escutar...

O QUE LER:

Por: Pedro Kalil

Charles Bukowski
>>> “Pulp” e “Notas de um velho safado” – editora L&PM
J. D. Salingner
>>> “O Apanhador nos Campos de Centeio” – Editora do Autor
>>> “Carpinteiros, levantem bem alto a cumeeira” – editora Companhia das letras
Jack Kerouac
>>> “On the road – Pé na estrada” – editora Brasiliense
>>> Reedição do “On the road” – editora L&PM
>>> “O Livro dos sonhos” e “Os vagabundos iluminados” – editora L&PM
Allen Ginsberg
>>> “Uivo” – editora L&PM
Neal Cassidy
>>> “O primeiro terço” – editora L&PM
Burroughs
>>> “Junky” – coleção Intoxicações, da Ediouro


O QUE ESCUTAR:

Bob Dylan – “Subterranean Homesick Blues” (Bob Dylan)
Bob Dylan – “Blowing in the wind” (Bob Dylan)
Simon And Garfunkel – “The Definitive” (Simon and Garfunkel)
Janis Joplin – “Mercedes Bens” (Michael McClure)


O QUE ASSISTIR:

Pé na Táboa
A Primeira Noite de um Homem
Kramer x Kramer

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janeiro 22, 2022