Você já parou diante de uma página em branco (ou de uma tela de computador) desejando escrever alguma coisa para alguém muito querido, para si mesmo no seu diário ou para um leitor desconhecido, tal como faz um escritor? Sentiu a dificuldade na busca de palavras que nomeiem pessoas, coisas e fatos, no desenrolar do tema que a fantasia ajuda a construir? E já pensou nas diferenças entre sonhar, pensar, falar e escrever?

Em Para ler em silêncio, de Bartolomeu Campos de Queirós, as reminiscências pessoais do narrador-personagem quando menino dão as pistas para melhor entender o ofício ­ou, antes, o desejo - de escrever um texto.

A fala e a escrita brincam com as palavras e seus sentidos. Mas, enquanto a fala brota no momento e aí mesmo se esvai, a escrita resulta do fazer e ao refazer: "escrever é um pensar muitas vezes", diz o narrador. E o que seduz nesse movimento é a possibilidade de rememorar o passado, projetar o futuro e ainda provocar tantos leitores para pensarem muito além do que foi escrito.

A Série A palavra é sua, apresentada por Maria Lúcia de Arruda Aranha, licenciada em Filosofia, expõe questões que nos fazem refletir sobre as múltiplas faces da palavra, atributo humano por excelência e recurso que se aprende e se aprimora ao longo da vida.

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