"Eu soprava as palavras sem ter os gestos para escrevê-las.
A idéia de escrever me perseguia. Juntar as letras para amarrar os sonhos, abrir-me em pa­ lavras e arriscar-me em fantasia. Pela escrita vi­ veríamos somados - eu e o leitor - e juntos construiríamos uma terceira obra que jamais seria publicada, mas plenamente vivida pelo silêncio do encontro."

"Houve um tempo em que eu dizia palavras, mas não sabia escrevê-las. Mesmo embalado pelos seus sons e ritmos, eu sofria por não saber registrá-las. Falar me parecia deixar as palavras voarem. Escrever é permitir as asas, mas oferecer ainda um campo de pouso. Escrever é dar amparo às orações, poder contemplá-las despertas sobre linhas do papel."

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